Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente. Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular como um paradigma de primeira conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os E.E.U.U.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, corretivos e agentes da passiva, o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.
OBS: um dos motivos pelos quais eu quase deixei o Curso de Letras, transfiro essa situação inclusive, para as aulas de literatura, que impregnadas de teoria esqueciam a Vida, e pulverizavam qualquer tentativa de um posicionamento crítico, reflexivo e de fruição estética... A subjetividade do aluno, com seus questionamentos, não podia fazer parte da aula, ou seja, formavam sujeitos alienados de si mesmo!
domingo, 31 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
sábado, 23 de outubro de 2010
AMOR FATI
Pouco a pouco, me aceito dentro de mim. O esforço é ser sua própria e única família. Não nego o amor daqueles que me amam e nem busco não sentir mais remorso por não saber me perdoar, e consequentemente, os outros.
Isso me torna humana e igual a todos e daí, sim, acho que conseguiremos nos olhar de frente de forma compassiva e misericordiosa.
Sou o meu ponto de partida e aceito a minha ignorância quanto aos movimentos da Vida. Nunca fui fã de batalhas. Sempre fiquei próxima da sensatez - dom este que não sei de onde veio, mas que agradeço infinitamente a Deus, por todos os centramentos que fui capaz de realizar diante do caos.
Hoje, quero apenas agradecer. Não busco mais respostas. Descobri que o caminho é saber vivência-las e representá-las com coragem e alegria. Transcender a dor. Estar à altura da Vida. Que Deus nos abençoe e nos conceda a capacidade do amor incondicional.
Isso me torna humana e igual a todos e daí, sim, acho que conseguiremos nos olhar de frente de forma compassiva e misericordiosa.
Sou o meu ponto de partida e aceito a minha ignorância quanto aos movimentos da Vida. Nunca fui fã de batalhas. Sempre fiquei próxima da sensatez - dom este que não sei de onde veio, mas que agradeço infinitamente a Deus, por todos os centramentos que fui capaz de realizar diante do caos.
Hoje, quero apenas agradecer. Não busco mais respostas. Descobri que o caminho é saber vivência-las e representá-las com coragem e alegria. Transcender a dor. Estar à altura da Vida. Que Deus nos abençoe e nos conceda a capacidade do amor incondicional.
sábado, 9 de outubro de 2010
INVISÍVEL
Tenho 38 minutos para escrever algo que me deixe satisfeita - e isso é muito difícil. A minha meta é diluir um pouco de agressividade, ternura, languidez , sensualidade e loucura, na minha escrita. E ela tem que ser mais bonita do que eu e tem que refletir de maneira organizada aquilo que dentro de mim assemelha-se a uma caverna escura e que ao tomarmos coragem, para sairmos dela, nos deparamos com um campo orvalhado, cercado de neblina por toda parte.
Pois é. Eu quero uma escrita tortuosa mas diligente, pois preciso rasgar o verbo para eu emergir desnuda, sem purdor, no meio das entrelinhas, pois nasci ambiguamente, exibicionista e introvertida. Afinal, se domo duas ou três palavras de maneira precisa, já consigo suportar as minhas ideias extravagantes que nos momentos de sonolência moral, evaporam-se, deixando-me à margem de mim mesma - ou pelo menos, daquela parte que eu mais amo, secretamente. Enfim, preciso criar textos necessários a um mundo menos acanhado e mais autêntico; que toquem aquelas pessoas que cansaram de subterfúgios da persona; e que principalmente, sejam dóceis e ariscos como um cervo, para que, em sobressaltos, eu surja neles mais plena.
Pois é. Eu quero uma escrita tortuosa mas diligente, pois preciso rasgar o verbo para eu emergir desnuda, sem purdor, no meio das entrelinhas, pois nasci ambiguamente, exibicionista e introvertida. Afinal, se domo duas ou três palavras de maneira precisa, já consigo suportar as minhas ideias extravagantes que nos momentos de sonolência moral, evaporam-se, deixando-me à margem de mim mesma - ou pelo menos, daquela parte que eu mais amo, secretamente. Enfim, preciso criar textos necessários a um mundo menos acanhado e mais autêntico; que toquem aquelas pessoas que cansaram de subterfúgios da persona; e que principalmente, sejam dóceis e ariscos como um cervo, para que, em sobressaltos, eu surja neles mais plena.
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