sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

GAROTA INTERROMPIDA

Não gosto nem de pensar nisso, mas é verdade. E é bom colocar para fora de vez em quando, pois do contrário, isso pode virar uma pneumonia - como diria a minha querida manicure. É, é verdade, ou ao menos uma faceta do que podemos achar o que é verdade: às vezes, viver é um absurdo.
Sem pudor, é fácil quando questionamos demais sentir um certo estranhamento com relação ao mundo e às pessoas... Como as personagens de Kafka que não se encontram no mundo e ofegantes lutam lutam sem saber contra quem e por quê. Enfim, quando me encontro altamente, introspectiva atinjo a medula do que achava não existir: sinto uma vertigem, que nos sonhos é representada como pequenos furacões que dançam sobre uma mesa de jantar, à qual pessoas estão sentadas.
De qualquer forma, descobri que reconhecer que viver pode ser um absurdo é para poucos, aí nasce um novo sentido, como Sartre mostrou em a Náusea... Não, não faço apologias ao existencialismo, nem ao niilismo... Mas mesmo para quem como eu que tem crenças - acredito no amor, na família, na amizade, em Deus, nos animais etc - o absurdo espreita e quando isso acontece ajo como a Alice no País das Maravilhas e aos poucos o que estava interditado abre caminhos.

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