terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sr. Alguém

Parou sem saber
o que deixava.
Da janela onde estou,
na encruzilhada de sua vida,
manca suas três noites coxas:
lembranças moladas de menino nordestino.

De estrelas de verão a pão
faltava-lhe mais afago
do que vermes engendrados:
narrativas sem compaixão
e silêncio dos desvios da sina.

São Paulo: carros rompem seu delírio
e o homem-relógio abre o caminho para o rito:
banha-se procurando o ínicio da noite enluarada.