segunda-feira, 27 de julho de 2009

Together Through Life - Bob Dylan

O último álbum do Bob Dylan está bem bacana. Mais do mesmo: blues e sua voz rouquíssima. Se busca novidade, não encontrará. Se busca experiência de um som raiz, aquilo que constituiu sua trajetória artistística, você será muito feliz. Gostoso de ouvir no finalzinho da tarde, tomando uma Salinas. Portanto, honesto. Há bandolim, trompete e banjo, mas não me pergunte onde, porque aí já é demais. Li isso em uma resenha e acho que não tem por que o jornalista mentir, né? É.
Entretanto, o que eu gostaria de compartilhar com vocês é a faixa Theme Town Radio Hour (interview recorded in Studio B). Bob Dylan é o entrevistado e a partir do leitmotiv friends & neighbords passa por todas suas influências. Os comentários são acolhedores, há citação de Oscar Wilde e Niezstche sobre a amizade. É como um papinho na esquina com um amigo bem humorado. Bom de ouvir enquanto se faz a janta: uma sopinha, uma canja.

Lá vai:

Howdy Neighbor" (J. Morris) – Porter Wagoner & The Wagonmasters
"Don't Take Everybody to Be Your Friend" (M.Gabler/R. Tharpe) – Sister Rosetta Tharpe
"Diamonds Are a Girl's Best Friend" (L. Robin/J. Styne) – T-Bone Burnett
"La Valse de Amitie" (O. Guidry) – Doc Guidry
"Make Friends" (E. Mcgraw) – Moon Mulligan
"My Next Door Neighbor" (J. McCain) – Jerry McCain
"Let's Invite Them Over" (O. Wheeler) – George Jones & Melba Montgomery
"My Friends" (C. Burnett/S. Ling) – Howlin' Wolf
"Last Night" (W. Jones) – Little Walter
"You've Got a Friend" (C. King) – Carole King
"Bad Neighborhood" (Caronna/M. Rebennack) – Ronnie & The Delinquents
"Neighbours" (M. Jagger/K. Richards) – The Rolling Stones
"Too Many Parties and Too Many Pals" (B. Rose/M. Dixon/R. Henderson) – Hank Williams
"Why Can't We Be Friends" (S. Allen/H. Brown/M. Dickerson/J. Goldstein/L. Jordan /C. Miller/H. Scott/L. Oskar) – War

É isso. Por hoje é só.

domingo, 26 de julho de 2009

DOMINGO...

Uma tigela de minestrone fumegante. Dois brioches e um minicroissant. O domingo cai noite adentro. Ele te ama? Você o ama? Pão para aliviar a ansiedade. O aconchego dos vapores, no rechaud, salvam aquelas duas audaciosas que colocaram o pé para fora de casa e foram à padaria recém-aberta do bairro. Garoava. Mas ele te ama? Você o ama? Uma pausa para o expresso. A cereja do bolo de chocolate denucia o rubor de quem descobre não saber amar. É melhor engolir rápido! São tempos sombrios em que sentimentar é perigoso! Quer metade da cereja? Silêncio. Há delicadeza no compartilhar. Uma solidão em frente a outra aquece o inaquecido. São palavras rápidas que buscam dar apoio: calma, temos a vida toda pela frente! O tilintar dos talheres mistura-se ao meu próprio ruminar: Será? Será? Tilim-tilim. Precisamos comprar pão para amanhã, quantos? Quatro? É. Tigelas vazias, migalhas espalhadas pela mesa e a expectativa que não passa, pois há sempre esperança para quem teve o coração desterrado. Quer experimentar o bolo de fubá cremoso? Hum-hum... Come-se bem. Come-se muito para passar o tempo. Come-se desnecessariamente para tapar quem se tapeia. Gostei! Podemos levar quando alguém for nos visitar... Mas quem me visitaria? Quem tocaria à minha porta para me levar ao cinema? Ver uma nouvelle vague? Para eu poder simplesmente dizer: O que eu mais gosto nesses filmes é o barulho dos sapatos das mocinhas quando elas correm... Tac-tac-tac. O domingo se esvai. Subimos a rua. Perdizes todo vê o Fantástico. E as duas audaciosas voltam para casa com os cabelos molhados. Tac-tac-tac.

O CORAÇÃO...

Ainda me lembro. Morava na Monte Alegre, quando fui à casa de um vizinho bater um papo. Em cima de sua mesa - em meio a bagunça - deparei-me com um recorte de revista. O que é isso? Era um dos bordados do Leonilson, o Voilà mon couer [Here is my heart] . Fiquei embasbacada e isso foi tão nítido, que ele me deu a figura. Não tardou muito, entrei na internet e fiz uma breve pesquisa sobre a sua obra. Como me trespassaram!

"O pequeno Voilá mon couer mede 22x30 cm consiste num pedaço de lona pintada de tinta acrílica dourada, com uma fina tira horizontal de feltro acinzentado em sua borda superior. Bordados na lona com linha azul clara, há vinte pingentes de cristal lapidado, sobras de um candelabro quebrado. Sem chassi, o trabalho tem três furos na borda de feltro - um no canto esquerdo, outro no canto direito e um terceiro ao centro - que permitem seu proprietário pendurá-lo por pregos numa parede."

Era tão frágil. Aquilo era extremamente, precioso.Os cristais pareciam lágrimas. Era obscena a sinceridade daquela obra, começando pelo título Voilà mon coeur! Aqui está o meu coração! A exposição dos sentimentos mais íntimos, sinceros e profundos. Cheguei a colar na parede do meu quarto durante um tempo a figura que ganhei.

Aos poucos, fui conhecendo um pouco mais de sua obra. Cheguei inclusive a conhecer a sua irmã, fui até o Projeto Leonilson, que ficava na Vila Mariana. Vi sua coleção de brinquedos, mais bordados e telas. Sua irmã disse que ele sempre perguntava: - O que achou disso? E mostrava uma criação. Ela respondia: - Não entendo muito de arte. Ele: - Não importa, você precisa apenas ver se gostou ou não.

O caráter intimista, subjetivo de sua obra, de expressão identitária me agrada demais. Alguns borados em voil são de uma delicadeza que assemelha a uma entrega súplica de apaziguamento de tormentas, tal como o O Pescador de pérolas. Entre tantas outras.

Ontem, com dois amigos em casa, comendo um bom macarrão, folheamos o livro São tantas as verdades do Leonilson. Vale a pena, conhecer sua obra!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

UNIVERSO CASA...

O dia-a-dia não me agride mais. Até gosto. Acho que a loucura por dias diferentes ficou na adolescência. Agora, acordo ansiosa para tomar uma xícara de café, para fazer o pão com manteiga na frigideira, para dar atenção devida a Charlotte que não sossega, enquanto não formos juntas até a cozinha - como ela é carente!: miauu!
Na rotina, o imprevisto é frugal. É também delicado como uma flor que vai se abrindo pouco a pouco. É bem recebido como um bebê prematuro e que portanto, ansiamos ainda mais para tê-lo nos braços.

Um exemplo disso: ontem, ao sair do banho, ainda enrolada à toalha recebi um telefonema: "Você freela? Faz revisão?" Eu: "Sim". A pessoa: "Posso te encaminhar um texto de quatro páginas?" Eu: "Claro!" E assim foi, combinamos os trâmites e o preço. A garota que me ligara era minha vizinha, morava pertinho do Colégio São Domingos, ao lado da PUC. Até então não imaginava que tipo de texto seria e na verdade, isso nunca me incomodou, mas como eu disse a vocês - o imprevisto é frugal - quando abri a minha caixa de e-mail: Bumm! Deparei-me com um texto sobre Fluxus! Sobre Ben Vautier! Era um relato sobre o encontro da garota com ele em Nice. Desde os telefonemas feitos no Brasil até o início da entrevista feita a caminho da casa do artista. Muito interessante! Entretanto, estava tarde demais e deixei para começar o trabalho no dia seguinte cedinho, no qual Charlotte, com o bigode na minha cara fatalmente me acordaria: vamos tomar o café! Já são 7h30! E levantaríamos sonâmbulas. E foi exatamente esse o roteiro.

A sexta amanheceu cinza, garoando. Mas só de saber que trabalharia em casa, que poderia ficar de pijama na frente do computador, nossa!, o tempo tornou o apartamento ainda mais aconchegante. Finalizei o freela, na hora do almoço, e fui até a casa da garota. Fora o pagamento, ganhei um band-aid - um trabalho artístico intitulado PARA CUIDAR - escrito Staff Only, que tem como proposta dar para alguém que você queira proteger. Muito bacana!

Depois, com o guarda-chuva a tira colo fui ao supermercado, voltei para casa e fiz o meu almoço. À tarde, houve mais um imprevisto, mas este ainda é uma florzinha preguiçosa que está se abrindo... ou melhor, tem a alegria de filhotes de cachorro gordinhos que correm pela sala da casa e tentam entrar dentro do guarda-roupa!

terça-feira, 21 de julho de 2009

O QUE NÃO SE ENCAIXA NUNCA EM NADA - por isso genial!

Recebi por e-mail um link com o site atualizado do Sr. Tim Burton. Deem uma olhadinha, vale a pena! O bacana é o garotinho caminhando pela galeria todo assustado. Um dia vou dissecar para vocês o universo bizarro do Tim Burton! Cheio de sensibilidade e crítica às atitudes mais desumanas e quem, injustamente, paga o pato sempre é o proscrito. O diferente. O exilado.

The Official Tim Burton Gallery
now open at http://timburton.com/

Deem uma olhadinha, vale a pena!

BALBULETEANDO por Lucélia Guimarães


Não serei como os entendidos desse conhecimento, dessa técnica (eles tem mais responsabilidades), só falarei com o coração, com o mais sincero sentimento que brota da alma e anseia compartilhar...
Estou ainda sob o efeito da criação do balbuleteando, onde queriamos (Ariane, Le e eu) exprimir no convite o que aguardavámos desse momento. Senti necessidade de escrever para extravasar esse sentimento que me atormentava, no bom sentido. Mostrar o universo “casa” (tema do convite), cada canto, cada símbolo, cada significado...
Assim como Proust temos um espaço que nos separa por instantes, por horas, do mundo, de nós mesmos, mas temos também o que nos uni...a cafeteira (pausa para um café) representa um pouco isso, como também as refeições, os momentos dedicados aos filmes, às conversas “desprovidas” de cientificidade, mas permeadas pela ânsia do entendimento. Colocadas para fora numa palavra, numa frase, que pode ser o que nos alegra ou o que nos aflinge: será a busca pela compreensão, diante de tanta incompreensão; será a busca por acolhida, diante de um mundo indiferente...será a busca por entendimento?
Após o intervalo, retornamos ao nosso isolamento, que logo, logo ou a qualquer momento pode ser interrompido pela CHARLOTTE, a Charli, a Cha, a Gorda pedindo atenção, comidinha ou uma massaginha. Ela tem o poder de quebrar a tensão, o estresse, o cansaço...quando se joga na cama com o barrigão pra cima, Nossa Senhora de Nazaré proteja!!!!, o silêncio é quebrado por gargalhadas...ela é CAPAZ de DERRETER qualquer CORAÇÃO. Em tão pouco tempo de convivência fui seduzida, sou seduzida, sou apaixonada por ELA. Ela também faz parte desse universo “casa”.
Esse universo representa um pouco do que é, do que está sendo, do vir a ser dos que nela habitam. Sendo um pouco do que somos ou do que cada um é, e nesse caso, do que sou e, que me estimulou a escrever, a precisar expressar em palavras o que o balbuleteando me causou...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Charlottando...

Charlotto.
Charlottava.
Charlottei.
Charlottara.
Charlottarei.
Charlottarria.
(que) eu charlotte.
(se) eu charlottasse.
(quando) eu charlottar.
charlotta tu.
não charlottes tu.
CHARLOTTAR.
CHARLOTTANDO.
CHARLOTTADO.

domingo, 19 de julho de 2009

CAT POWER


Aconteceu. De verdade. Mais ou menos duas horas de duração. Ela, no palco; eu, na mesa. Isso, isso: senhorita Chan Marshall veio ao Brasil pela terceira vez e, finalmente, pude vê-la, ouvi-la.

De início, estava resistente: "Magina! Não é para tanto, já gostei muito, mas agora, blablabla...". Como no conto de Clarice Lispector, Felicidade Clandestina, fingi que não vivia aquilo para de tempos em tempos me surpreender com tamanha felicidade. Ah, essa minha alma tímida!

Como estava feliz! E os motivos eram tantos: ela, sua banda: Dirty Delta Blues, a minha história pessoal que foi regada a Cat Power durante cinco anos ininterruptos, pois quantas vezes não fiquei ouvindo Covers Records deitada na cama? You are free lavando louça ? Jukebox no trabalho? Moonpix na balada? Estava realmente emocionada.

A Luciana, com quem eu fui, disse que fiquei imóvel o show inteiro, que pendi para os lados, no máximo, duas vezes: ora para me debruçar à mesa, ora para me encostar à cadeira.

Ai, ai. Lembro-me de ficar escrevendo, no chão da sala, no meu apto. da Monte Alegre, as letras de músicas que não vinham no encarte, mas que eu as pegava na internet. Corria ao dicionário e traduzia um trechinho aqui, outro ali. Recortava figuras, para compor ainda mais a arte.

Nossa! E ia até a Augusta, ou a Velvet encomendar os cds importados. Cheguei a aprender a tocar duas musiquinhas no violão, fora o orgulho que tinha de ter uma franja como a dela!

O show foi demais. Eram as luzes vermelhas, azuis, a vela sobre o órgão, a guitarra, a bateria e ela - desculpe a analogia cafona, mas verdadeira - parecendo uma loba andando pelo palco, pois ficava toda encurvada, saltitava e... uivava!

De início, ansiosa, esperava um hitzinho qualquer, para confirmar o quanto sou sua fã, mas as coisas foram acontecendo de modo diferente. Por não conhecer algumas músicas do seu último EP Dark End of the street, me permiti ainda mais ficar perscrutando a atmosfera que ia sendo criada.

Aos poucos, o sentido já era perceptível: não havia escapatória: você tinha que ir com ela para o Hades. Isso mesmo, para o mundo das sombras e ficar um tempinho quieto, para perceber que é dali que nascem as coisas mais importantes, mas que ainda não têm forma: o amor, a alegria, os impulsos das paixões, a intuição que rege um destino, os medos, as mágoas e reviravoltas...

E quem nos disponibilizava isso: senhorita Chan Marshall, com sua voz rouca, possante, que deixou o álcool para tomar chá – qualquer semelhança com a minha vida pessoal é mera coincidência... Mas agora, muito mais segura e atrevida.

Sou fã da sua arte, mas não deixo de admirá-la pela sua vida pessoal. Houve uma época em que decidiu parar de tocar, voltou para Atlanta e ali ficou, até que no meio de uma noite, acordou sobressaltada como se um espírito a tivesse saculejado e produziu de uma tacada só o Moonpix.

Voltou para Nova Iorque e recomeçou. Também não deixo de comparar esse fato com a minha vida pessoal, pois durante um tempo esqueci algumas coisas importantes e tive que retomá-las injetando mais vitalidade à minha alma.

Pois é. Aconteceu de verdade. Ontem, como um caleidoscópio, lembranças da minha história de vida, as músicas, a Chan Marshall (cheguei bem pertinho dela), as luzes, a penumbra quebraram a resistência de quem ama e fingi não amar: "Magina! Não é para tanto, já gostei muito, blablabla..."

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Impaciência Guimarães Rosa (Magma)

I
Eu queria dormir
longamente...
(um sono só...)
Para esperar assim
o divino momento que eu pressinto,
em que hás de ser minha (meu)...
Mas...
e se essa hora
não devesse chegar nunca?...
Se o tempo,
como outras cousas todas,
te separa de mim?!
Então...
ah!, então eu gostaria
que o meu sono,
friíssimo e sem sonhos
(um sono só)
não tivesse mais fim...

II
Se eu pudesse correr pelo tempo afora,
vertigniosamente,
futuro adiante,
saltando tantas horas tediosas,
vazias de ti,
e voar assim até o momento de todos os momentos,
em que hás de ser minha!... (meu!)
Mas...e se esse minuto faltar
nas areias de todas as ampulhetas?...
E se tudo fosse inútil:
a máquina de Wells,
as botas de sete léguas do Gigante?!...
Então...ah!, então eu gostaria
de desviver para trás, dia por dia,
para parar só naquele instante,
e nele ficar, eternamente, prisioneiro...
(Tu sabes, aquele instante em que sorrias
e me fizeste chorar...)

terça-feira, 14 de julho de 2009

1 SARAU BALBULETEANDO

"O senhor... Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão. E, outra coisa: o diabo, é as brutas; mas Deus é traiçoeiro! Ah, uma beleza de traiçoeiro - dá gosto! A força dele, quando quer - moço! - me dá o medo pavor! Deus vem vindo: ninguém não vê. ELe faz é na lei do mansinho - assim é o milagre. E Deus ataca bonito, se divertindo, se economiza. A pois: um dia, num curtume, a faquinha minha que eu tinha caiu dentro dum tanque, só caldo de casca de curtir, barbatimão, angico, lá sei. - "Amanhã eu tiro..." - falei, comigo. Porque era de noite, luz nenhuma eu não disputava. Ah, etão, saiba: no outro dia, cedo, a faca, o ferro dela, estava sido roído, quase por metade, por aquela aguinha escura, toda quieta. Deixei, para mais ver. Estala, espoleta! Sabe o que foi? Pois, nessa mesma da tarde, aí: da faquinha só se achava o cabo... O cabo - por não ser de frio metal, mas de chifre de galheiro. Aí está: Deus... Bem, o senhor ouviu, o que ouviu sabe, o que sabe me entende..."

ROSA, Guimarães. Grande sertão: veredas.

1o. SARAU BALBULETEANDO

" De manhã, voltando do parque, quando todos “tinham ido fazer um passeio”, eu me metia na sala de jantar, onde, até a minha distante hora do almoço, ninguém senão a velha Félicie, relativamente silenciosa entraria, de onde teria como companheiros de leitura mais do que os pratos coloridos pendendo nas paredes, o calendário cuja folha da véspera havia sido a pouco arrancada, o pêndulo e o fogo que falam sem pudor que se lhes responda, e cujos suaves propósitos vazios de sentido não substituem – como as palavras dos homens – o sentido das palavras que se leem. "
(Marcel Proust)
No dia 04/07, aconteceu em mi casita um sarau. Lemos: Baudelaire, Bukowski, Fernando Pessoa, Augusto dos Anjos, Manoel Bandeira, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Adélia Prado, Flannery O´Connor, Clarissa Pinkola Estés entre outros. Foi um máximo!