quarta-feira, 30 de setembro de 2009

"Se eu prefiro os gatos aos cães é porque não existem gatos policiais."
Jean Cocteau

NA NOITE PASSADA...

Enxerguei a minha miséria, começo a me aproximar dela, coisa que antes fugia , mesmo sabendo que esse não era o caminho mais sensato. Mas quem não faz isso? Quem às vezes não suporta olhar para si mesmo, achando-se precário - e de fato todos somos cheinhos de imperfeição. Mas também passei da fase do martírio, agora, é a fase da aceitação, não a resignação cínica, mas a tentativa de acolher aquilo que preferia não saber. De aceitar o pacote inteiro que é a Vida. De me ajudar, porque assim só eu e quem está ao meu redor poderá ser mais pleno. Precisamos uns dos outros. E eu não etendo muito de relações humanas... Você entende?

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ODE A CHARLIE

Aproveitar para escrever, enquanto o cérebro está fresquinho. Acabei de acordar. Já ia caminhar na av. Sumaré, mas a garoazinha, que surgiu enquanto eu tomava o meu café, estragou o meu plano. Hoje, o post poderia ser sobre alguma coisa extraordinária, mas não é. Está tudo indo em uma frequência constante, apesar de algumas vacilações. Somos seres humanos e não máquinas, mas até estas se desestabilizam.
Então, hoje, quero apenas falar de Charlotte - minha gata.
Ela tem uma vida boa. Vejam, nesse momento a bichana está sobre a televisão olhando para fora da janela os pássaros que estão no telhada da casa vizinha. Não tem vontade de fugir? De cair no mundo selvagem da vida além apto.? Ela é como eu: tímida demais, inclusive chego a ser mais ousada que o pobre animalzinho, que quando percebe que estou ansiosa, começa a fazer xixi para fora da bandeja.
Ela é séria, doce, infantil, dengosa e arisca. Mas de todas as suas qualidades a que mais amo, além da sua fidelidade, é ser contemplativa. A gatinha para e fica olhando: o teto, os bichinhos e por vezes o invisível!
Acho que existe vantagens na monotonia do dia-a-dia - não disse apatia! - dá para curtir mais as pequenas coisas, os objetos da casa se envolvem de uma aura especial e a rotina pode se tornar uma grande aventura para quem tem um coração como o meu e o da Charlotte.

Parou de chover, mas não irei à Sumaré, me bateu uma baita preguiça e Charlie pende um dengo!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

EU VOU...

Matisse hoje / Aujourd'hui
De 05 de setembro a 01 de novembro de 2009

Pela primeira vez no Brasil, e na América Latina, exposição individual de Henri Matisse (Le Cateau-Cambrésis, França, 1869 – Nice, França, 1954), um dos mais destacados artistas do século XX. A mostra exibe cerca de 80 obras que integram importantes coleções públicas e privadas, da França e do Brasil.

Sábado próximo, estou me programando para ir à Pinacoteca. Parece legal a exposição de Henri Matisse. Eu, desde que conheci o impressionismo - meu pintor predileto o Cézanne - comecei a me atrever um pouquinho mais, no mundinho das artes plásticas, e foi aí que me deparei com o Matisse. Com o fauvismo. Eu, que adoro cores quentes - por isso também gosto de Gauguin - fiquei enlouquecida, quando vi as telas de Matisse. O meu papel de parede do computador é um quadro de Matisse. Lindo! Vermelho. Uma casa, mesas, quadros, cadeiras... E então, a fim de ver mais umas coisinhas desse pintor, dei uma navegada, na internet, e encontrei essa tela, a qual está linkada, no presente post. Não é linda? A sensualidade despojada. A languidez dessa felina! O retrato desse cotidiano transpira simplicidade. O que ela acabou de fazer? O que está pensando? Seu cabelo está assentado. Seu olhar está fatigado. Sua pele parece macia.

Vou dar um pulo até a Pinacoteca e depois conto a vocês o que vi.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A chuva chegando...

Voltar aos mesmos lugares, mas agora diferente. Digo, lugares dentro de si mesmo. No momento, mais paciente. A yoga ajuda, garanto. A análise ajuda, garanto. O budismo ajuda, garanto. As revelações dos sonhos noturnos ajudam, garanto. A leitura do horóscopo confunde, confesso. E cheia de esperança - a verdadeira, não a euforia embasada em fantasias - acredito que é possível encontrar. A esperança que nos leva a objetivos realizáveis. Sei que vai, que virá. Mas, vamos sem otimismo piegas, elegantes no intento - como a mocinha do filme, ué, ela sabe que ele a ama, então ela vive distraída, apenas a fé na retidão daquilo que é direito. Tenho que me lembrar disso, quando me sentir só: seja uma luz pra si mesma - sempre. Então fica contigo. Transforma-te com muito amor. Reverbere o seu sonho. Qual? Segredos que meus olhos já revelam para quem olha para o mesmo lugar. Portanto, sem mais esperar, me levanto da grama enquanto a chuva cai e escorre pelo meus rosto...