Provisoriamente, nos procuramos
Quem cava as duras penas
O frêmito do seu corpo
É o meu delírio sólido:
diamante do ventre.
Se precisa de amor para viver,
Invento a passagem da câmara
Que bem sei: no fundo, a solidão
É o ganho de quem se cala.
A sábia árvore –
Velha de mãos secas –
Torce a sua copa até o chão
Recolhendo meus cabelos:
- filha pródiga, do que tem medo?
Os olhos, vórtice do coração,
Encobrem o que todos intuem,
E como uma flor
no extático momento
do desabrochar
imponho o meu destino
Doce, doce, sem vestígios.
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