sexta-feira, 13 de novembro de 2009

PENSAR... PENSAR...

Descobri que uma das coisas que mais amo é o pensamento. Amo pensar. Por isso amo ler. O pensamento é uma coisa muito engraçada, ele pode ser um devaneio esteta, um insight que te salva, mas também pode ser longo, sistematizado e difícil. Organizado. Com continuidade rigorosa. É por isso que amo os livros, desde a capa à contra-capa, pois são os pensamentos concretos, possíveis de se manusear, dos escritores, psicanalistas, artistas plásticos, professores, que mais admiro. É incrível: é a representação do mapa da vida de cada um, através do qual navegeu para construir sua teoria, e é por isso que tem que ser convidativo, até corajoso, para irmos juntos a lugares difícies, mas acima de tudo tem que ser belo. Por isso amo Dostoiévsky. Portanto, eu só embarco depois de sacar o humano por trás disso tudo, pois não deve haver uma frieza de raciocínio, um egoísmo de gênio, uma falta de ética para com a cultura humana, ao contrário, o pensamento, representado, na escrita, garante-me se deixo, ou não ser fisgada, e para isso, Barthes já dizia: é necessário que se crie uma zona de sedução entre o leitor e o autor, é necessário dragar o leitor! Enfim, eu adoro pensar, por isso amo ler, tanto quanto correr de manhãzinha, na Sumaré, ouvindo a trilha sonora da Amélie Poulain, Bill Callaghan, Phoenix, Hurtmold, Flamming Lips, John Frusciante, Bob Marley, etc. Mas isso já é outra história.

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