Cavalo prateado
subindo a encostada montanha
dos meus sonhos.
Diria apenas:
esperança reina -
miosótis se espalham
na alameda de nossa cumplicidade.
Ao meu redor,
as crianças
contrabandeiam
angústias inacessíveis.
Dou-lhes borboletas alvas,
para guardarem
em pequenas caixas
de veludo grená.
(Paraíso é fazer do outro o seu labirinto predileto).
Haverá sempre salvação,
enquanto os corações
se chocarem à deriva do amor.
Vamos, meus pequenos!,
há jardins fabulosos para cuidarmos:
aqui, seremos mudos como os sábios,
cristalinos como as larvas, astutos como os cervos
e telepáticos como os golfinhos.
Não teremos mais medo
de voltarmos à nossa terra natal.
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