domingo, 3 de junho de 2012

NUTRIÇÃO

O domingo e o silêncio. Deitada, olhando pela fresta da janela, consigo ver as nuvens caminhando rapidamente no firmamento azul, elas se assemelham aos meus pensamentos que desfilam em minha consciência. Meu coração parece estar se acalmando.  Os últimos dias foram intensos e turbulentos. Hoje, o dia está bonito, o clima está agradável, as pessoas, nas ruas, com suas roupas esportivas e seus cachorros - que vira e mexe se atracam um na garganta do outro - estão envoltas por uma áurea de dignidade, ora cândida, ora ofendida. Não sairei de casa para viver o mundo. Preciso meditar, uma miríade de solicitações - muitas vezes provocadas por mim mesma - saltam à minha frente. Não, não, os cavalos já estão domados, por isso, agora, podem correr livremente  até se cansarem e se deitarem na relva. Amazona de mim, observarei a hora em que os conduzirei com sucesso. Estudo a minha alma. Não vou me desgastar, serei generosa e protetora, darei o repouso necessário e como quando colocamos os pés na areia, regressarei à zona de regeneração.

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