terça-feira, 21 de julho de 2009

BALBULETEANDO por Lucélia Guimarães


Não serei como os entendidos desse conhecimento, dessa técnica (eles tem mais responsabilidades), só falarei com o coração, com o mais sincero sentimento que brota da alma e anseia compartilhar...
Estou ainda sob o efeito da criação do balbuleteando, onde queriamos (Ariane, Le e eu) exprimir no convite o que aguardavámos desse momento. Senti necessidade de escrever para extravasar esse sentimento que me atormentava, no bom sentido. Mostrar o universo “casa” (tema do convite), cada canto, cada símbolo, cada significado...
Assim como Proust temos um espaço que nos separa por instantes, por horas, do mundo, de nós mesmos, mas temos também o que nos uni...a cafeteira (pausa para um café) representa um pouco isso, como também as refeições, os momentos dedicados aos filmes, às conversas “desprovidas” de cientificidade, mas permeadas pela ânsia do entendimento. Colocadas para fora numa palavra, numa frase, que pode ser o que nos alegra ou o que nos aflinge: será a busca pela compreensão, diante de tanta incompreensão; será a busca por acolhida, diante de um mundo indiferente...será a busca por entendimento?
Após o intervalo, retornamos ao nosso isolamento, que logo, logo ou a qualquer momento pode ser interrompido pela CHARLOTTE, a Charli, a Cha, a Gorda pedindo atenção, comidinha ou uma massaginha. Ela tem o poder de quebrar a tensão, o estresse, o cansaço...quando se joga na cama com o barrigão pra cima, Nossa Senhora de Nazaré proteja!!!!, o silêncio é quebrado por gargalhadas...ela é CAPAZ de DERRETER qualquer CORAÇÃO. Em tão pouco tempo de convivência fui seduzida, sou seduzida, sou apaixonada por ELA. Ela também faz parte desse universo “casa”.
Esse universo representa um pouco do que é, do que está sendo, do vir a ser dos que nela habitam. Sendo um pouco do que somos ou do que cada um é, e nesse caso, do que sou e, que me estimulou a escrever, a precisar expressar em palavras o que o balbuleteando me causou...

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