quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O Oriente e a minha vida...

Comecei a Yoga faz duas semanas. Um barato. De início, fiquei bem receosa, havia algumas posições - como a de jogar a perna todinha para trás, encostando os pés no chão - que realmente me metiam medo. Mas me permiti. Assim como, aceitei de uns tempos pra cá, que o meu espírito reage mais ao budismo do que ao cristianismo.
Na verdade, o ano passado todinho li muito sobre o budismo, visitei alguns centros de dharmas e templos, até que por fim resolvi praticar o culto aos meus ancestrais em casa mesmo, o qual é necessário a leitura do Sutra do Lótus para se obter as realizações e o desenvolvimento interno.
Acho realmente interessante o fato de me sentir mais próxima da sensibilidade do oriental - do asiático - do que do ocidental quanto à espiritualidade - mesmo tendo um pai, filho de japoneses -, pois, em casa, apenas o catolicismo era praticado por minha mãe que tem ascedência italiana.
Acredito que Deus é um só, assim como nós somos UM no que concerne às questões mais essenciais, mas quando tenho que pesar como responder ao Universo meu compromisso para com ele, acabo por reagir como uma asiática: as questões de carma, do bem e do mal, a Vida/Morte, as sucessivas existências, etc.
Assim, quando iniciei as aulas de Yoga, o cheiro do incenso, o Puja (transmissão de energia), os mantras, a música indiana e algumas passagens da filosofia da Vydia Yoga Asharam me soaram muito coerentes.
Os exercícios de respiração são fantásticos (os pránáyamas), assim como as posições psicofísicas (os ásanas) e a cada aula o estranhamento vai dando lugar a concentração e a sensação de bem-estar. Algumas contorções da coluna são um desafio, mas quando o corpo se encaixa e você para de lutar contra o sofrimento e o aceita com paciência - prestando atenção na respiração - você fica mais alerta a entender um pouquinho mais sobre si mesmo e o seu corpo.
Hoje, ao fazer uma posição, a lateroflexão, foi surpreendente como o meu corpo respondeu a ela. A professora foi até mim, forçou um pouco mais a contorção - pensei que ia morrer ! - até que de repente: puxa! Não é que estava me sentindo bem? E tornando-me consciente de que posso ultrapassar algumas barreiras? Que barato.
A aula termina com visualizações bem positivas, como a da aula passada que tivemos que imaginar um lugar que mais gostamos de ficar e ali fazermos algo que realmente gostaríamos de estar realizando.
É isso. Aí eu coloco os sapatos, dou tchau pro pessoal - até semana que vem... - vou ao supermercado e compro flores para colocar, no altar budista. E assim, o Oriente vai ganhando espaço, cada vez mais, na minha vida.

Namu Myôhô Rengue Kyô.

Um comentário:

... disse...

olha eu aqui! muito bom Ari! Eu ainda infelizmente devido a minha crazyness ocidental ainda não consegui me render a meditação e afins. Mas segunda vou começar o curso de respiração indiana... vamos ver se no tranco vai
hihihihi
beijinhos e super parabens pelos novos acontecimentos!