sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Henri-Cartier Bresson

Ontem, sai com uma amigona. Fomos ver a exposição do Henri-Cartier Bresson, no Sesc Pinheiros. Em uma das salas, estava passando um documentário sobre ele e que portanto, pude conhecer um pouco mais sobre esse homem admirável.
Olha, ele é admirável não só pelo artista completo que foi, mas acima de tudo pela sua alma, através de seu olhar e sorrisos fugidios foi possível perceber a candura de sua personalidade, a jovialidade, a rebeldia que o fez se tornar invisível e ao mesmo tempo presente. Pois é. Ele detestava a fama, dizia que esta acorrentava o homem e que este acima de tudo deve ser livre. E não foi isso que suas fotos revelaram? Um olhar presente, um enquadramento respeitoso que flagrava cenas do cotidiano de forma pulgente e fluída: o aqui está para o lá, o embaixo está para o acima, o direito está para o esquerdo e vice-versa e que para tanto apenas um homem que fazia da liberdade sua religião poderia dinamizar em negativos essa realidade mutável e cheia de acasos?

Um cena extremamante poética é ele caminhando com sua Leica - a máquina fotográfica - em uma trilha no meio do campo. O entrevistador pergunta: "Por que você foge das perguntas mais difíceis?" Tinha um jeito muito simples de viver. Sempre dava o fora. Saia andando. E disse: "Não tenho medo da morte, mas da dor." Cobria o rosto, ou seja, um homem com pudor.

Vale a pena conferir. Quem não conhece, deveria. Admirável.

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