domingo, 18 de outubro de 2009

Here comes the sun...

O dia está lindo. É domingo. Já caminhei pela manhã, não perdi a oportunidade de tomar um sorvete e de comprar flores. Pensei em muita gente, principalmente, as que amo e que a grande maioria, nesse momento, está longe de mim. Senti saudades. Solidão. Mas o sol brilhava sobre a minha cabeça e das pessoas ao meu redor. Parei em uma barraquinha, na qual uma senhora vendia minimuringas de porcelana, que podemos usar como colar, fiquei indecisa, qual levar?, ou a de pássaro ou a de gato, escolhi a primeira, estava mais bonita. A manhã diluía na tarde que chegava quente. Transeuntes na Paulista desfilavam suas roupas extravagantes. Muitas pernas de fora. Sorrisos apreensivos, cheiro de fritura ao redor das barracas de comida e claro, na esquina, alguém lendo tarot. Pensei: Acho que está apaixonado. Olhei para o seu rosto, sorria.
O que estaria fazendo as pessoas que amo, nesse exato momento? Cada um levando a sua vida a seu modo. Com seus mistérios. Com seus desejos, sonhos e frustrações. Ao chegar em casa, abri a minha caixa de e-mail e uma amiga havia escrito: Pessoal, estou grávida!

Que bênção!, disse entusiasmada para mim mesma. Eles estão preparados para isso. Mas nem sempre é assim. Nem sempre as coisas se encaixam. E de repente, me senti triste. Pois é, nem sempre o sol sai. Olhei para meu altar budista, as flores que eu havia comprado para oferecer aos meus ancestrais e a Budha Shakyamuni estavam impecáveis! Reluzentes! Pensei novamente, nas pessoas que amo e dediquei a oração do dia a elas, que deveriam estar derrentendo-se nos seus afezeres, nos seus tédios, nos seus sentimentos, nas suas sensações, nos seus cenários...


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