sábado, 31 de outubro de 2009

MOTIMISTÉRIO

(um poema sobre a breviedade dos segundos contidos na vida)

A cada célula vibrada pela fricção corpo-realidade uma descarga de energia transforma a minha alma e a matéria.
É nesse momento que, ingenuamente, ainda penso fugir da breviedade da vida chamando.
Tudo indica que o grande lance é ficar na tensão do vazio.
O importante é saber que os segundos encadeados: os tristes, os felizes, os retumbantes e os silenciosos é o que fazem a vida ser o que se mostra: Una. Redonda.
E é por isso que todos somos preciosos e que, em breve, chegará às nossas portas, com os ventos da bem-aventurança, nossos filhos, agradecendo o destemor de termos sido, desde o início, generosos.

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